"São, pois, identificados os níveis remuneratórios correspondentes às posições remuneratórias daquelas carreiras e respectivas categorias, em estreita conformidade com os princípios e regras estabelecidos na Lei n.º 12-A /2008, de 27 de Fevereiro.
O presente decreto regulamentar cria, ainda, nas carreiras de assistente técnico e de assistente operacional, posições remuneratórias complementares para os actuais trabalhadores que transitem para tais carreiras."
Ao analisar a proposta de Decreto Regulamentar Registado com o n.º DR, 117/2008 no livro de registo de diplomas da Presidência do Conselho, em 19 de Março de 2008, tiramos as seguintes conclusões:
Cada vez mais os gestores da coisa pública, decidem a vida de quem trabalha para o estado de forma arbitraria e anti humana, em que nada dignifica qualidade que se pretende para os seus colaboradores, senão vejamos:
Em 2005 foram congelados os escalões, colocando milhares de trabalhadores na impossibilidade de passagem ao escalão, em 2008 com a publicação da Lei 12-A /2008, deveriam os mesmos ter sido descongelados, mas isso não aconteceu. Continua o congelamento encapotado.
Agora surge o novo posicionamento remuneratório e vamos ver a justiça do mesmo com vários exemplos:
Exemplo 1:
Operário Altamente Qualificado
Atingiu os seis anos de serviço em Janeiro de 2007, teria inicialmente a subida de um escalão e a abertura de concurso interno para passagem a Principal.
O que aconteceu:
O escalão está congelado, portanto não subiu e ficou a receber menos 30 Euros por mês.
Por vontade do gestor (eleito ou nomeado) o concurso não foi aberto, porque ele possui o poder de escolher se abre ou não e se esse colaborador é digno de ser promovido ao posto de trabalho imediatamente a seguir.
Este trabalhador continua um ano depois no índice 199, que de acordo com a nova tabela remuneratória caí no Nível 5, quando se o descongelamento não tivesse existido estaria no índice 209, que de acordo com as regras seria reposicionado no Nível 5. Mas a vontade do seu gestor em consonância com o congelamento decidiu não abrir o concurso, então, em vez de estar no escalão 233 que seria o Nível 7, fica no Nível 5 por vontade pura e simples do gestor (Democracia).
Resumindo, de acordo com as novas regras, este colaborador que por direito estaria no Nível 7 no novo sistema, tem de esperar mais 20 anos para chegar à posição remuneratória que teria, se não houvesse a descrição , por parte do seu membro do governo.
Exemplo 2:
Assistente Administrativo
Janeiro de 2007 - 6 anos de serviço escalão 209, transitaria para o escalão 218 (Congelado). Estava em condições de abertura de concurso interno para Principal Escalão 222, o gestor decidiu não abrir o concurso, como fica na nova aplicação:
Fica posicionado no nível 5 , quando ficaria posicionado no nível 6, se o concurso fosse aberto.
Estes reposicionamentos nestes níveis , embora de vencimento inferior, mantêm o vencimento que auferem à data da entrada em vigor, diga-se, têm que esperar que o índice ultrapasse o valor que auferem, para que tenham um aumento de salário. Não será isto, um novo congelamento encapotado?
Tabela remuneratória única |
Escala salarial (actual) das carreiras do regime geral |
|
Níveis remuneratórios |
Montante pecuniário (2008) |
Índice correspondente |
1 |
426,00 |
RMMG a) |
2 |
517,10 |
155 |
3 |
567,14 |
170 |
4 |
617,18 |
185 |
5 |
663,88 |
199 |
6 |
717,26 |
215 |
7 |
767,30 |
230 |
8 |
814,01 |
244 |
9 |
867,39 |
260 |
10 |
917,43 |
275 |
11 |
967,47 |
290 |
12 |
1017,51 |
305 |
13 |
1067,55 |
320 |
14 |
1117,59 |
335 |
15 |
1167,64 |
350 |
16 |
1217,68 |
365 |
17 |
1267,72 |
380 |
18 |
1317,76 |
395 |
19 |
1367,80 |
410 |
20 |
1417,84 |
425 |
21 |
1467,88 |
440 |
22 |
1517,93 |
455 |
23 |
1567,97 |
470 |
24 |
1618,01 |
485 |
25 |
1668,05 |
500 |
26 |
1718,09 |
515 |
27 |
1768,13 |
530 |
28 |
1818,17 |
545 |
29 |
1868,22 |
560 |
30 |
1918,26 |
575 |
31 |
1968,30 |
590 |
32 |
2018,34 |
605 |
33 |
2068,38 |
620 |
34 |
2118,42 |
635 |
35 |
2168,47 |
650 |
36 |
2218,51 |
665 |
37 |
2268,55 |
680 |
38 |
2318,59 |
695 |
39 |
2368,63 |
710 |
40 |
2418,67 |
725 |
41 |
2468,71 |
740 |
42 |
2518,76 |
755 |
43 |
2568,80 |
770 |
44 |
2618,84 |
785 |
45 |
2668,88 |
800 |
46 |
2718,92 |
815 |
47 |
2768,96 |
830 |
48 |
2819,00 |
845 |
49 |
2869,05 |
860 |
50 |
2919,09 |
875 |
51 |
2969,13 |
890 |
52 |
3019,17 |
905 |
53 |
3069,21 |
920 |
54 |
3119,25 |
935 |
55 |
3169,30 |
950 |
56 |
3219,34 |
965 |
57 |
3269,38 |
980 |
58 |
3319,42 |
995 |
59 |
3369,46 |
1010 |
60 |
3419,50 |
1025 |
61 |
3469,54 |
1040 |
62 |
3519,59 |
1055 |
63 |
3569,63 |
1070 |
64 |
3619,67 |
1085 |
65 |
3669,71 |
1100 |
66 |
3719,75 |
1115 |
67 |
3769,79 |
1130 |
68 |
3819,83 |
1145 |
69 |
3869,88 |
1160 |
70 |
3919,92 |
1175 |
71 |
3969,96 |
1190 |
72 |
4020,00 |
1205 |
73 |
4070,04 |
1220 |
74 |
4120,08 |
1235 |
75 |
4170,13 |
1250 |
76 |
4220,17 |
1265 |
77 |
4270,21 |
1280 |
78 |
4320,25 |
1295 |
79 |
4370,29 |
1310 |
80 |
4420,33 |
1325 |
81 |
4470,37 |
1340 |
82 |
4520,42 |
1355 |
83 |
4570,46 |
1370 |
84 |
4620,50 |
1385 |
85 |
4670,54 |
1400 |
86 |
4720,58 |
1415 |
87 |
4770,62 |
1430 |
88 |
4820,66 |
1445 |
89 |
4870,71 |
1460 |
90 |
4920,75 |
1475 |
91 |
4970,79 |
1490 |
92 |
5020,83 |
1505 |
93 |
5070,87 |
1520 |
94 |
5120,91 |
1535 |
95 |
5170,96 |
1550 |
96 |
5221,00 |
1565 |
97 |
5271,04 |
1580 |
98 |
5321,08 |
1595 |
99 |
5371,12 |
1610 |
100 |
5421,16 |
1625 |
101 |
5471,20 |
1640 |
102 |
5521,25 |
1655 |
103 |
5571,29 |
1670 |
104 |
5621,33 |
1685 |
105 |
5671,37 |
1700 |
106 |
5721,41 |
1715 |
107 |
5771,45 |
1730 |
108 |
5821,49 |
1745 |
109 |
5871,54 |
1760 |
110 |
5921,58 |
1775 |
111 |
5971,62 |
1790 |
112 |
6021,66 |
1805 |
113 |
6071,70 |
1820 |
114 |
6121,74 |
1835 |
115 |
6171,79 |
1850 |
Segundo o Diário Económico, o Governo afasta despedimentos colectivos no Estado. Publicamos o link para a notícia deste órgão de comunicação social. Os primeiros comentários estão abertos.